quarta-feira, 29 de junho de 2016

MP flagra servidores municipais de Castanhal incinerando papéis e ouve testemunhas de suposta queima de arquivo


MP flagra servidores municipais de Castanhal incinerando papéis e ouve testemunhas de suposta queima de arquivo
Documentos foram incinerados. Secretaria de Saúde e Prefeitura são alvos de investigação por fraude.

Os documentos estavam sendo incinerados em uma área de mata, perto da ponte que liga os bairros Saudade I e Saudade II, atrás da Escola Estadual Caic, na Rua São João. Moradores gravaram com celular supostos servidores municipais realizando a queima dos papeis. O flagrante ocorreu após oficiais de justiça e promotores do MP visitarem Castanhal em busca de arquivos que comprovassem os indícios de irregularidades no local.

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A "Operação Saúde" iniciou na última terça-feira (16 de junho de 2015) e vários documentos estão sendo analisados.

O flagrante da queima de documentos pelo Ministério Público foi nesta quarta-feira (17), após receber denúncias da população. Estão em curso investigações de irregularidades em licitações e fraudes nas folhas de pagamento. O MPE também investiga o superfaturamento no pagamento de plantões médicos. Em um dos casos, uma médica recebeu 36 plantões em apenas um mês.

Segundo a promotora, a investigação sobre as possíveis fraudes começou em janeiro de 2015, quando os dois principais hospitais de Castanhal entraram em greve. O motivo era a falta de pagamento dos funcionários. “Neste momento, abrirmos um procedimento para apurar a razão desse atraso nos pagamentos e encontramos indícios de improbidade administrativa”, conta.

Na terça (16), o MP encontrou em Castanhal salas repletas de documentos da Secretaria de Saúde amontoados.  Arquivos também estão sendo analisados no posto de saúde do conjunto Jaderlândia, em Ananindeua.

A imprensa foi impedida de acompanhar os depoimentos, já que as testemunhas devem ser mantidas em sigilo. O Ministério Público informou também que os documentos que foram parcialmente incinerados serão periciados para constatar se eram, de fato, documentos públicos. Caso seja comprovado que os documentos contribuiriam com a investigação os responsáveis podem ser indiciados por queima de arquivo. “Os documentos que estavam sendo queimados são da Secretaria de Saúde e serão analisados para que seja possível sabermos o teor do que estavam tentando esconder”, disse Fracys Galhardo, promotora responsável pelo caso, durante coletiva realizada na sede do MPE, em Belém, na tarde desta quinta-feira (17).


http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2015/06/mp-ouve-testemunhas-de-suposta-queima-de-arquivo-em-castanhal.html

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