sexta-feira, 8 de abril de 2016

Qual o nome da espécie?

Atividade proposta em sala, no dia 01/03, para discutir sobre os elementos de análise diplomática e tipológica.

Marcador de Página Publicitário (divulgação de livro):

imagem
Forma: original múltiplo;
Formato: marcador de página;
Suporte: papel;
Gênero: textual;
Disposição/Configuração: apenas frente.

Tipologia: não arquivístico;
Função: material de apoio para aulas (além da publicidade da respectiva editora).


Cartão Postal Publicitário (divulgação de livro):




imagens

Forma: original múltiplo
Formato: cartão postal
Suporte: papel
Gênero: textual e imagético
Disposição/
Configuração: frente e imagem/foto no verso
Sinais de validação: identificação da editora, dos autores, imagem idêntica à da capa do livro;
Tipologia: arquivístico;
Contexto: juntamente com o livro, prova que o André Porto Ancona Lopez é um dos autores.


Convite:



Forma: original múltiplo;
Formato: flyer;
Suporte: plástico;
Gênero: textual “gráfico” (o apresentado em aula não é imagético como o exemplo acima)
Disposição/Configuração: frente e verso;

Tipologia: arquivístico
Valor afetivo no fundo do professor André (remete à lembrança da casa e endereço dos Avós);
Emissor: galeria de arte.


Carteirinha de identificação de escoteiro:

apenas ilustrativo

Forma: original;
Formato: cartão/carteirinha;
Suporte: plástico;
Gênero: textual e imagético;
Disposição/Configuração: dados de identificação e validade na frente, informação de uso e assinaturas digitalizadas no verso;
Sinais de validação: Logotipo UEB, validade, assinatura 

Tipologia
Produtor: documento arquivístico no fundo individual de cada escoteiro;
Emissor: UEB.


Durante as atividades em sala de aula, constatamos na prática, que um mesmo documento de uma mesma espécie, pode ser arquivístico ou não e desempenhar funções diversas conforme o fundo ao qual pertença. Um cartão postal da série Cartões postais publicitários referentes às publicações da área de arquivologia de uma editora, passa a fazer parte do testemunho da atividade autoria de livro no fundo dos respectivos autores.

Também ficou claro que o produtor arquivístico não é necessariamente o emissor. O produtor arquivístico determina subjetivamente qual a tipologia do documento.
 


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Arquivo e mudança histórica


O blog mãe passou uma atividade que diz respeito a saída do deputado Severino Cavalcanti, que na época do escândalo do mensalinho era presidente da Câmara dos Deputados, o blog Memórias Póstumas faz uma análise que chega ao ponto de questionar até mesmo a assinatura do deputado na tão polêmica prorrogação de contrato de um restaurante, a riqueza de detalhes é bem interessante, baseando seus argumentos em Luciana Duranti chegam a conclusão de que o documento não pode ser considerado autêntico, visto que algumas informações, assinatura e data, estão descontextualizadas uma da outra. 
“Documentos diplomaticamente autênticos são aqueles que foram escritos de acordo com as práticas de tempo e lugar indicados no texto e assinados com o ou os nomes das pessoas competentes para criá-los”. Além disso analisam diplomática e tipologicamente o vídeo da discussão entre o deputado Gabeira e o próprio Severiano.


Utilização de documentos falsos por falsas autoridades.

Atualmente a sensação de insegurança é incontestável e quem deveria prover o mínimo de bem-estar deixa a desejar, vários casos de abuso cometidos durante abordagens policiais, claro que não se pode generalizar, contudo esses casos maculam os princípios mais elementares que pautam a atuação dos agentes públicos e derivados. Deixando de lado esse discurso politizado e antissistema, e quando quem deveria prover a segurança é pego no flagra por não ser quem diz ser??? Nas palavras do poeta Júnio Juvenal, "Quis custodiet ipsos custodes" palavras essas que se popularizaram por Alan Moore na série de história em quadrinhos Watchmen, “Quem vigia os vigilantes?”.

A falsificação de documentos e fraudes documentais são um problema crescente, no mercado clandestino encontra-se de tudo, e o serviço é feito sob encomenda, cédulas de identidade, CNH, CPF, certidões de nascimento. Dinheiro numa mão e documento na outra, e o "kit estelionato" está entregue.

De posse de um documento falso o indivíduo tem um leque de possibilidades, abrir contas, alugar imóveis, assinar contratos, comprar carros, comprar bens, contratos de serviços, receber benefícios, ou simplesmente exercer uma profissão na qual não está apto, que será abordado aqui.

Casos de falsos policiais se acumulam, com foi o caso do empresário João Afonso Bedaqui Júnior, de 26 anos, tentava se passar por um policial civil. Ele estava em posse de um documento falso, mas que constava a matrícula de um policial exonerado. 



Outro caso é o do falso PM que foi detido com documento forjado em Ceilândia, no Df. O indivíduo se apresentava como policial militar e agente de trânsito. Foi pego com carteiras forjadas, carro furtado e uma arma, durante a abordagem a equipe, dos verdadeiros policiais, fizeram questionamentos sobre quem ele era, onde trabalhava, e outras perguntas para bater os dados, constataram a mentira. A análise dos documentos foram fundamentais para pegar os trapaceiros.